"O Ministério Público se perdeu completamente na área criminal"
O Ministério Público tem se destacado como player reacionário no judiciário e, agora, legislativo. É do MPF, por exemplo, a proposta das tais 10 medidas contra a corrupção, que legalizam prova ilícita, inviabiliza o Habeas Corpus e cria uma série de medidas contrárias à Constituição.
Nesse cenário, o Justificando recebe em seus estúdios o Procurador de Justiça no Estado da Bahia Romulo Moreira.
Conhecido por suas posturas críticas, Rômulo foi processado internamente por desdenhar da chamada "opinião pública" em uma entrevista de rádio. Agora, enfrenta outro processo por supostamente desempenhar uma atuação político partidária...
Na entrevista, Rômulo respondeu perguntas sobre o momento da instituição na área criminal, Lava Jato, o histórico dos seus processos na corregedoria e a resistência do pensamento crítico apesar de tanta intimidação.
Veja o mapa da entrevista.
0:45 - Rapaz, o que está acontecendo com o Ministério Público?
4:30 - "O Ministério Público se perdeu completamente na área criminal. Pede prisões preventivas completamente desnecessárias. Nós prendemos demais, prendemos mal. Quando se culpa o juiz de prender mal, sim, ele é culpado, mas quem pediu foi o Ministério Público".
5:07 - O fascismo permeia todas as instituições. Mas o Ministério Público tem se tornado um ator político-parlamentar. Qual sua visão disso?
8:33 - Brenno: O Ministério Público está desapegado da Constituição.
11:49 - Vazamento das delações premiadas.
14:08 - Como um Procurador que detém posturas críticas, você sofreu um processo por dizer que "opinião pública e merda era a mesma coisa". O que aconteceu?
20:01 - Brenno: É sempre assim, quando a atuação é crítica, trata-se de atuação "político-partidária"; caso contrário, você é isento.
22:50 - "A propósito de combater o crime, você não pode rasgar a Constituição".
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